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Trump ameaça destruir totalmente Coreia do Norte

Presidente norte-americano faz discurso em tom agressivo na Assembleia Geral da ONU em resposta às ameaças de Pyongyang

O republicano disparou também contra o regime cubano e o governo venezuelano
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Num discurso agressivo, o presidente americano, Donald Trump, defendeu nesta terça-feira 19 que a única solução será destruir totalmente a Coreia do Norte caso o regime em Pyongyang force os Estados Unidos e aliados a se defenderem.

“Os Estados Unidos têm grande força e paciência. Os Estados Unidos estão prontos, dispostos e em condições, mas tomara que não seja necessário”, declarou, em referência a um possível ataque.

“É hora de a Coreia do Norte perceber que a sua desnuclearização é o único futuro aceitável”, advertiu Trump, na sua primeira intervenção perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, que se iniciou nesta terça-feira na sede da organização, em Nova York.

O presidente americano insistiu que os testes nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte “ameaçam o mundo inteiro”, pedindo unidade internacional para isolar o regime em Pyongyang.

Segundo o presidente, nenhum país do planeta quer que Kim, a quem acusou de “matar de fome” milhões de norte-coreanos, possa ter armas nucleares. Trump chamou o líder norte-coreano, Kim Jong-un, de “homem foguete” e afirmou que ele está numa missão suicida.

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O presidente também agradeceu à China e à Rússia por terem votado a favor das sanções à Coreia do Norte no Conselho de Segurança da ONU, apesar de destacar que é preciso fazer “muito mais” contra as ameaças vindas de Pyongyang.

Cuba e Venezuela

Trump também atacou o regime cubano, afirmando que ele é “corrupto e desestabilizador”, e reiterou que não vai retirar o embargo econômico se não houver reformas na ilha. Em junho do ano passado, num discurso em Miami, o então candidato Trump anunciara o cancelamento da política de seu antecessor, Barack Obama, para Cuba. Na ONU, ele afirmou que as sanções não serão levantadas “até que haja reformas fundamentais”.

presidente americano também utilizou a tribuna da ONU para criticar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Ele disse que a ONU deveria intervir no país. “É completamente inaceitável, e não podemos ficar parados apenas olhados”, afirmou.

Segundo Trump, a Venezuela está à beira do colapso total. Ele garantiu que os EUA estão preparados para adotar novas medidas se Maduro “insistir no seu caminho para impor um governo autoritário”.

“O povo venezuelano está passando fome, e o seu país está a colapsar”, afirmou Trump, que responsabilizou a “ditadura socialista de Maduro” de causar “uma dor terrível e sofrimento ao povo”.

Questão iraniana

O presidente dos Estados Unidos ainda chamou de vergonhoso o acordo nuclear feito em 2015 entre seu país e outras potências com o Irã e disse que seu governo pode abandoná-lo se suspeitar que ele “proporciona cobertura para uma eventual construção de um programa nuclear”.

“Francamente, esse acordo é uma vergonha para os EUA, e não acredito que os senhores tenham ouvido a minha última palavra a respeito”, disse Trump, que definiu o Irã como uma “ditadura corrupta” que tenta desestabilizar o Oriente Médio. Ele pediu ao governo em Teerã para que pare de “financiar o terrorismo”.

EUA em primeiro lugar

Trump defendeu o princípio de “Estados Unidos em primeiro lugar” e disse que todos os governantes do mundo deveriam pensar nos interesses de seus próprios países, embora sem abandonar a cooperação em certos temas.

“Como presidente, sempre colocarei os Estados Unidos em primeiro lugar, assim como os senhores, como líderes de seus países, deveriam sempre pôr seus próprios países em primeiro lugar”, disse.

DW

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