Política

Liberdade de Lula é justa para maioria dos brasileiros, mostra Datafolha

Pesquisa Datafolha mostra que mulheres, jovens e negros consideram a soltura justa – visão contestada por empresários e parcela mais rica

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Reprodução/PT
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A maior parte dos brasileiros achou justa a soltura do ex-presidente Lula após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a segunda instância. É o que aponta a nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira 10.

De acordo com a pesquisa, o apoio a Lula continua forte no Nordeste – 71% dos entrevistados foram favoráveis à liberdade do ex-presidente – e também tem a maioria entre os mais jovens, os mais pobres, desempregados, mulheres, pessoas negras e com ensino fundamental. Entre os homens no geral, 51% também acharam justa a saída de Lula da prisão.

Entre os empresários, apenas 29% aprovam a soltura de Lula. A desaprovação também é grande entre os mais ricos, onde 61% colocaram-se contra a liberdade – que, para 47% dos moradores das regiões Sul e Sudeste, é justa.

Além da opinião dos entrevistados sobre a liberdade de Lula, a pesquisa também apurou se havia confiança nas declarações do ex-presidente. Cerca de 25% responderam que “sempre confiam”, enquanto 36% declararam confiar apenas às vezes. Em comparação com as falas de Jair Bolsonaro, 43% nunca confiam nas declarações do atual presidente, em comparação a 37% que afirmaram de Lula.

Após ter passado 580 dias preso na Superintendência da Polícia Federal, Lula foi solto porque o STF decidiu que condenados em 2ª instância deveriam ser presos apenas após trânsito em julgado, ou seja, quando se esgotarem todas as possibilidades de recursos do réu.

Uma pesquisa realizada pela plataforma Atlas Político mostrou que a libertação do ex-presidente Lula teve um impacto positivo em sua avaliação. A consultoria colheu a opinião de 2 mil pessoas, pela internet, entre os dias 10 e 11 de novembro e constatou alta no percentual dos que rejeitam a prisão do ex-presidente. O índice passou de 37,4%%, em julho, para 44,4%, o maior valor registrado este ano. A imagem positiva do ex-presidente também teve avanço de sete pontos percentuais, de 34% para 40,7%.

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