Economia

Estados Unidos cancela tarifas que iria impor à China

Neste contexto, a China não deve impor novas tarifas punitivas contra os produtos americanos, como ameaçou fazer

(Foto: Ivanov Artyom / TASS via ZUMA Press)
Apoie Siga-nos no

O presidente americano Donald Trump anunciou nesta sexta-feira 13 que os Estados Unidos não vai mais impor no domingo 15 uma nova série de tarifas sobre 160 bilhões de dólares em mercadorias chinesas após a conclusão de um acordo com Pequim.

“As tarifas previstas para 15 de dezembro não serão impostas porque encontramos um acordo”, tuitou Trump, pouco depois do anúncio por Pequim de um acordo preliminar prevendo uma redução “por etapas” das tarifas americanas.

“É um acordo fantástico para todo mundo. Obrigado!”, acrescentou Trump, explicando que as negociações para a próxima fase vão começar “imediatamente”.

Segundo Pequim, o texto inclui nove capítulos, referentes à propriedade intelectual, aos produtos alimentares e agrícolas, serviços financeiros, taxas cambiais, reforço das trocas comerciais ou ainda a resolução de conflitos.

Os dois países concordaram em realizar, o mais rapidamente possível, uma análise jurídica e a tradução do acordo, antes da assinatura final, declarou Wang, que não forneceu data. Neste contexto, a China não vai impor novas tarifas punitivas contra os produtos americanos, como ameaçou fazer em caso de imposição de novas tarifas no domingo.

A China e os Estados Unidos estão envolvidos desde o ano passado em um confronto comercial que se traduz na imposição mútua de taxas alfandegárias adicionais que representam bilhões de dólares por ano.

“Os dois países alcançaram uma convergência de opiniões sobre o texto de um acordo econômico e comercial preliminar”, declarou o vice-ministro chinês do Comércio, Wang Shouwen.

Os Estados Unidos querem que a China se comprometa a não subsidiar suas empresas públicas, abra seu enorme mercado a mais bens e reformule suas práticas econômicas e comerciais que, para Washington, constituem um abuso sistemático contra investidores estrangeiros.

Recentemente, no entanto, funcionários da Casa Branca disseram que poderiam chegar a um acordo menos ambicioso, chamado “fase um”, mais focado em que China compre mais produtos agrícolas americanos.

Essa guerra comercial, que penaliza as empresas chinesas orientadas para a exportação, também pode prejudicar o crescimento do gigante asiático. No terceiro trimestre, a China registrou 6% em ritmo anual, o crescimento mais baixo em 27 anos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo