Mundo
Coronavírus pode adiar Olimpíadas de Tokyo, diz ministra japonesa
O Comitê Olímpico Internacional afirma que está acompanhando os esforços para manter a data original dos Jogos
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/03/olimpiadas-arcos.jpg)
O avanço do novo coronavírus no Japão já ameaça as Olimpíadas de Tokyo, previstas para começarem no fim de julho. Nesta terça-feira 03, a ex-patinadora e ministra das Olimpíadas no Japão, Seiko Hashimoto, afirmou que o acordo do país com o Comitê Olímpico Internacional (COI) permitiria um adiamento do evento caso necessário.
O Japão contabiliza 274 casos confirmados da doença até o momento. Seis pessoas já morreram, enquanto 32 já se recuperaram. Segundo Hashimoto, o COI só pode cancelar os Jogos Olímpicos caso eles não aconteçam em 2020. A possibilidade de adiá-los alguns meses, portando, não é descartada pelas autoridades.
“Isso pode ser interpretado como a possibilidade dos Jogos serem adiados, contanto que sejam realizados durante esse ano”, comentou a ministra em um encontro com políticos japoneses.
Mesmo assim, Hashimoto disse que o governo está fazendo “o máximo de esforços” para não precisar optar pela alternativa do adiamento. As Olimpíadas estão previstas para acontecerem do dia 24 de julho à 9 de agosto.
Em nota, o COI confirma os esforços para manter a data original dos Jogos, mas parabeniza os esforços para minimizar riscos à população e aos atletas. “O Conselho Executivo do COI aprecia e apoia as medidas que estão sendo tomadas, que constituem uma parte importante dos planos de Tóquio de sediar Jogos seguros e protegidos.”, escreveu a entidade.
O discurso também incentiva os atletas a continuarem treinando para a competição: “O Conselho Executivo incentiva todos os atletas a continuarem se preparando para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O COI continuará apoiando os atletas ao fornecer as últimos informações”, concluem.
Na última semana, o COI também se mobilizou em tranquilizar os ânimos, apesar de ter admitido que o percurso da chama olímpica, previsto para começar em 26 de março em Fukushima e que vai atravessar o país, pode ser o primeiro a sofrer alterações.
“Não contemplamos o cancelamento, mas vamos pensar na forma de organizá-lo para que não resulte na propagação do vírus, talvez reduzindo a escala do evento”, acrescentou. “A princípio, a ideia é celebrar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos da maneira como estão previstos”, disse o presidente do COI, Thomas Bach, na quinta-feira 26.
*Com informações da AFP
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.