Política

PM pode prender quem se aglomerar em São Paulo, diz Bruno Covas

Prefeitura avalia anunciar medidas mais drásticas na segunda-feira 13, para conter a proliferação do novo coronavírus

O prefeito da cidade de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). Foto: Governo do estado de São Paulo
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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), fez coro ao governador João Doria (PSDB) e afirmou que o poder municipal estuda a possibilidade de aplicar voz de prisão a pessoas que se aglomerarem na cidade.

A declaração ocorreu durante entrevista à emissora GloboNews, nesta sexta-feira 10. Covas destacou que a prefeitura faz a avaliação de endurecer as restrições de circulação no município, após dados indicarem queda na adesão às orientações de isolamento social.

Segundo Covas, São Paulo havia apresentado 77% no índice de movimentação dos transportes coletivos, mas este número caiu para 68%. O prefeito afirmou ainda que a cidade havia zerado os congestionamentos, mas na quinta-feira 9 houve uma fila de 11 quilômetros. O trânsito aumentou, por exemplo, na Marginal Pinheiros.

“Os números, qualquer um que a gente leve em consideração, mostram um afrouxamento, por parte da população, do isolamento”, disse Covas. Perguntado sobre que medidas pode tomar, o prefeito respondeu: “Seja intervenção de algumas ruas, da mesma forma que a gente fez bloqueio na região central, na região do Brás; seja, como o governador já mencionou, colocar a Polícia Militar para poder prender as pessoas que se aglomeram.”

Covas afirmou que, caso sejam adotadas, as novas regras devem ser anunciadas na segunda-feira 13.

“Não há a menor dúvida de que é possível e necessário, nesse momento, estudar uma forma de tornar mais forte esse isolamento social. Então, tanto a equipe do estado, como a equipe do município, estão verificando esse final de semana, e a gente deve, ao lado do governador João Doria, na segunda-feira 13, se for o caso, anunciar novas medidas”, declarou.

São Paulo é o estado com maior número de letalidade por coronavírus, apresentando 540 óbitos e 8.216 contaminações, de acordo com balanço do Ministério da Saúde nesta sexta-feira 10. No Brasil, a doença já matou mais de mil pessoas.

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