Política
PF nega que Alberto Youssef tenha sido envenenado
Boatos estão sendo espalhados por todo o País afirmando que o doleiro morreu, o que não é verdade. O doleiro foi internado em Curitiba neste sábado com pressão baixa
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2014/10/alberto-youssef-1.jpg)
A Polícia Federal informou, neste domingo 26, que o doleiro Alberto Youssef “passa bem”, após ser internado na tarde de sábado 25. Ele deve permanecer no Hospital Santa Cruz, em Curitiba, por 48 horas, sob a escolta de policiais federais. No mesmo dia 25, a PF negou que Youssef tivesse sido internado por causa de um envenenamento na carceragem da PF, onde estava detido.
Boatos estão sendo espalhados por todo o País neste domingo, principalmente por WhatsApp, afirmando que o doleiro foi assassinado por envenenamento, a mando do PT. Trata-se de uma mentira. O Santa Cruz informa que Youssef passa bem apesar de um quadro de angina instável, e deverá ter alta em até 48 horas. A Polícia Federal confirma a mesma informação.
Segundo a PF, Youssef foi internado “devido a forte queda de pressão arterial causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica”. Após a PF veicular a notícia, boatos sobre possível envenenamento surgiram nas redes sociais. O órgão destacou, no entanto, que essa é a terceira vez que ele recebe atendimento médico de urgência após a sua prisão.
Youssef é um dos delatores de um esquema de corrupção na Petrobras que está sendo investigado pela PF. Cerca de 10 bilhões de reais teriam sido desviados da estatal. O doleiro é suspeito de cobrar propina de empresários que prestavam serviço à Petrobras para financiar campanhas políticas. Entre os beneficiados estariam nomes do PT, PMDB, PP, PSB e PSDB.
A última internação ocorreu após a revista Veja noticiar que o doleiro acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff de saberem do esquema de corrupção na estatal. Dilma negou a acusação de forma veemente e prometeu processar a publicação. O Tribunal Superior Eleitoral concedeu direito de resposta a Dilma, e o texto foi publicado no site da revista na madrugada do domingo 26.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.