Justiça

Celso de Mello pede que Fux marque julgamento sobre depoimento de Bolsonaro

STF analisará recurso no qual AGU pede que presidente da República deponha por escrito

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro Celso de Mello, do Superior Tribunal Federal (STF), pediu nesta segunda-feira 5 que seja incluído na pauta da Corte o julgamento sobre se o presidente Jair Bolsonaro deverá prestar depoimento por escrito ou  presencialmente à Polícia Federal. A infomação é do G1.

A decisão caberá ao presidente do STF, Luiz Fux, que ainda não se manifestou. O depoimento deve ocorrer no inquérito que apura se o presidente tentou interferir politicamente na PF.

Mello se aposenta na próxima semana, dia 13 de outubro. O esperado é que Fux leve o caso a julgamento nas sessões desta quarta-feira 7 ou quinta-feira 8.

Dossiê contra indicado

De acordo com o Estadão, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), trabalha pela aprovação rápida da indicação de Bolsonaro ao STF, senadores lavajatistas preparam um “dossiê” para levantar o histórico do desembargador Kassio Nunes Marques, seu posicionamento sobre temas polêmicas e envolvimento com investigados.

Os parlamentares querem saber, por exemplo, se o senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente, pode ser favorecido pelo candidato a ministro no STF. Flávio é investigado pela prática da “rachadinha” no período que foi deputado estadual no Rio de Janeiro.

O caso é julgado no Tribunal de Justiça fluminense, mas há um recurso do Ministério Público que discute o foro do senador em análise pela Corte. “Tem que ser apurada a sugestão de que há padrinhos, parceiros e amigos que figuram entre os investigados” afirmou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo