Mundo
China lidera pedido na ONU pelo fim de sanções unilaterais
‘Recuperação da Covid-19 requer solidariedade global’, diz comunicado
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/10/China.jpg)
China, Rússia e cerca de vinte países pediram aos Estados Unidos e seus aliados ocidentais que parem de aplicar sanções unilaterais, pois elas tornam a luta contra a pandemia do coronavírus ainda mais difícil.
Em nota lida pelo embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, os Estados Unidos são acusados de violar os direitos humanos, de sistemática discriminação racial e de obstrução ao desenvolvimento dos países aos quais aplicam sanções econômicas.
“A resposta e a recuperação da Covid-19 requerem solidariedade global e cooperação internacional”, disseram os países no comunicado.
“No entanto, continuamos a testemunhar a aplicação de medidas coercitivas unilaterais, que são contrárias aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional”, acrescentaram.
“Aproveitamos esta oportunidade para pedir a suspensão completa e imediata das medidas coercitivas unilaterais, para garantir uma resposta completa, eficaz e eficiente contra a Covid-19 por todos os membros da comunidade internacional”.
A declaração – que também foi assinada por Coreia do Norte, Irã, Nicarágua, Venezuela e outros países aos quais Washington aplica sanções – foi enviada à terceira comissão da Assembleia Geral da ONU, que trata de questões humanitárias e de direitos humanos.
Nos últimos quatro anos, os Estados Unidos e a União Europeia aumentaram o uso de sanções para punir países por seu comportamento.
Medidas punitivas buscam excluir países ou suas entidades do sistema de comércio global e congelar ativos em certas jurisdições.
Com informações da AFP
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.