Política
Doria anuncia investimentos milionários em reduto paulista de Bolsonaro
O pacote de iniciativas para o Vale do Ribeira, uma das regiões mais pobres do estado, deve custar 57 milhões
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O governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou, nesta quarta-feira 9, o investimento de 57 milhões de reais em ações governamentais no Vale do Ribeira, uma das regiões mais pobres do estado – e também reduto político de Jair Bolsonaro e parentes.
O projeto, chamado de “Vale do Futuro”, tem como objetivo integrar áreas de desenvolvimento econômico, social, cultural, de crédito, além de regularização fundiária e de regulamentação de terras quilombolas, anunciou o governo. Doria apresentou o megaprograma no município de Registro, e também inaugurou a penitenciária do município.
“Eu trouxe uma série de boas notícias. Nosso objetivo é transformar o Vale do Ribeira no Vale do Futuro. Para isso é preciso ação, desenvolvimento, planejamento, investimentos públicos em todos os setores e também atração de investimentos privados. E está acontecendo”, disse, acompanhado de secretários do governo tucano.
Há décadas o Vale do Ribeira tem médias ruins em indicadores de desenvolvimento social como PIB per capita, inscrição em programas sociais, renda média de emprego formal, mortalidade infantil, entre outros.
A região abriga Eldorado Paulista, cidade onde Jair Bolsonaro cresceu. Parte da família do ex-capitão ainda vive e mantém forte influência na região. Mãe, irmãos, sobrinhos e cunhados do presidente são donos de 19 empresas, 14 delas abertas nos últimos oito anos, segundo levantamento feito por CartaCapital no ano passado.
Em setembro de 2020, em meio a pandemia, o presidente esteve presente no Vale do Ribeira para anunciar a construção de uma ponte 15 milhões de reais na cidade de Pariquera-Açu.
Na ocasião, foi reservada uma arena para sediar o evento, ignorando as recomendações do Plano São Paulo – o projeto de controle de quarentena do governo paulista. Um pequeno público se aglomerou para receber Bolsonaro, o filho deputado Eduardo e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Ninguém usava máscara.
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