CartaExpressa
‘Cenário sombrio’, diz médica que recusou convite para Ministério
‘O que vi e aprendi na medicina e ciência está acima de ideologia ou expectativa que não seja pautada em ciência’, afirmou Ludhmila Hajjar
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2021/03/10798_7FF0A61A9AE84260.png)
Após recusar o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde, a cardiologista Ludhmila Hajjar afirmou nesta segunda-feira 15 que não concordou com medidas como o uso de cloroquina e outros medicamentos sem comprovação científica para Covid-19.
“Não é o momento de assumir a pasta, o que vi e aprendi na medicina e ciência está acima de ideologia ou expectativa que não seja pautada em ciência”, argumentou, pontuando que o Brasil precisa “pautar a sua atuação pela ciência para sair do sufoco”, disse em entrevista à CNNBrasil.
Ao G1, a médica declarou que “não houve convergência técnica entre nós [ela e o presidente]”.
“Cenário no Brasil é bastante sombrio. O Brasil vai chegar em 500 mil, 600 mil mortes”, ressaltou ao comentar o atual momento da pandemia.
Relacionadas
CartaExpressa
Argentina avisa Itamaraty sobre viagem de Milei a SC; não haverá encontro com Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Raí relembra Bolsonaro em discurso contra a ultradireita na França: ‘Vivemos um pesadelo’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Chefe de gabinete pagava despesas pessoais de Carlos Bolsonaro, diz site
Por CartaCapitalCartaExpressa
ANS suspende comercialização de nove planos de saúde; veja a lista
Por Agência BrasilApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.