Saúde

UFMG alerta para descoberta de possível nova variante do coronavírus

Conjunto de 18 mutações jamais vistas fazem grupo pedir ‘urgência de esforços de vigilância genômica’ na região de Belo Horizonte

REPRESENTAÇÃO CRIATIVA DE PARTÍCULAS DO VÍRUS SARS-COV-2. FOTO: NIAID
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Um estudo realizado por pesquisadores de Minas Gerais apontou a possível descoberta de uma nova variante do coronavírus, o Sars-Cov-2, em território nacional.

Em nota divulgada nesta quarta-feira 07, a equipe afirmou que, dentre os 85 genomas sequenciados a partir de amostras clínicas coletadas da Região Metropolitana de Belo Horizonte, dois novos genomas continham “um conjunto único de 18 mutações nunca anteriormente descritas em genomas de SARS-CoV-2”.

“Os resultados da pesquisa requerem urgência de esforços de vigilância genômica na região metropolitana de BH e estado de Minas Gerais para a avaliação da situação destes novos variantes de SARS-CoV-2.”, escreve o grupo.

A pesquisa foi conduzida com o apoio do Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e o Setor de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Pardini, em colaboração com o Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

O sequenciamento genético identificou as variantes P.1 (a variante brasileira, com 30 amostras), P.2 (41), B.1.1.28 (8), B.1.1.7 (3), B.1.1.143 (1), B.1.235 (1) e B.1.1.94 (1). Mutações presentes nas variações P.1, P.2 e B.1.1.7 já foram comprovadamente associadas a maior transmissibilidade do vírus, um dos fatores para a ocorrência das segundas ondas da infecção em diversos locais do mundo.

Os dois novos genomas encontrados, afirmam os pesquisadores, apresentam mutações em posições específicas do vírus que também estão presentes em variantes como a P.1 e P.2, as mais encontradas neste estudo. Além disso, o grupo afirma que não há evidências de ligação epidemiológica entre os indivíduos das duas amostras coletadas, como parentesco ou região de moradia, “o que reforça a plausibilidade de circulação desta nova possível variante.”

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