CartaExpressa
Bolsonaro ameaça editar decreto contra o isolamento e desafia o STF: ‘Ele será cumprido’
‘Queremos a liberdade de cultos, queremos a liberdade para poder trabalhar, queremos o nosso direito de ir e vir’
O presidente Jair Bolsonaro voltou a ameaçar, nesta quarta-feira 5, com a possibilidade de editar um decreto contra as medidas de isolamento adotadas por governadores e prefeitos em meio à pandemia.
“Nas ruas já se começa a pedir que o governo baixe um decreto. Se eu baixar um decreto, ele vai ser cumprido, não será contestado por nenhum tribunal”, declarou o presidente em evento no Palácio do Planalto.
“Queremos a liberdade de cultos, queremos a liberdade para poder trabalhar, queremos o nosso direito de ir e vir, ninguém pode contestar isso. Se esse decreto eu baixar, repito, [ele] será cumprido. Juntamente com o nosso Parlamento, juntamente com todo o poder de força que temos em cada um dos nossos atualmente 23 ministros”, completou.
As declarações foram feitas um dia depois do comparecimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta à CPI da Covid e de seu relato de que o presidente contrariou ações do Ministério da Saúde baseadas na ciência.
Relacionadas
CartaExpressa
Moraes cassa decisão e manda CNJ investigar juiz que condenou a União por ‘erro’ do STF
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes dá duas horas para redes sociais excluírem novos perfis de Monark
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lewandowski: Decisão do STF sobre a maconha aliviará a superlotação das prisões
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Censor-geral da República’: a brincadeira de Toffoli com Moraes em julgamento no STF
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.