Mundo

Biden não reduziu ‘nem um milímetro’ da política agressiva contra Cuba, denuncia Havana

O novo governo norte-americano ‘mantém intactas as medidas da administração Trump’, segundo a chancelaria cubana

Foto: Yamil Lage/AFP
Apoie Siga-nos no

O governo cubano denunciou nesta quinta-feira 20 que o presidente americano, Joe Biden, não alterou “um milímetro” a política para a ilha desde que chegou à Casa Branca, nem reverteu o recrudescimento das sanções aplicado por seu antecessor, Donald Trump.

“Não houve um milímetro de movimento quanto à persistência dessa política de agressão”, afirmou o ministro da Economia de Cuba, Alejandro Gil Fernández, em coletiva de imprensa. “Joe Biden mantém intactas as medidas da administração Trump com relação a Cuba”, tuitou o Ministério de Relações Exteriores, criticando o presidente americano por não dar ouvidos “aos pedidos da comunidade internacional e de seus próprios cidadãos”.

Durante sua campanha, Biden prometeu reverter as cerca de 250 sanções impostas por Trump contra Cuba, mas, até agora, isso não aconteceu. Segundo cálculos do governo cubano, os impactos deste embargo eram estimados no ano passado em 5,5 bilhões de dólares.

Gil Fernández enumerou uma série de fatores que dificultam as relações comerciais de Cuba com o exterior, como taxas de sobrepreço de até 60% que alguns provedores impõem para enviar seus produtos à ilha, a necessidade de recorrer a países longínquos para se abastecer, assim como a impossibilidade de importar produtos que tenham mais de 10% de componentes americanos, entre outros.

Em meio ao panorama complexo que o país enfrenta, o ministro disse esperar que a economia comece a se recuperar em 2021, com um crescimento de 6%, impulsionado pelo aumento do preço do níquel, pela ampliação da receita com serviços de telecomunicações e pela retomada do turismo. O país registrou em 2020 a pior queda do PIB (-11%) em quase 30 anos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo