CartaExpressa
FHC pede ‘união de forças’ pela liberdade e defende diálogo com Lula: ‘É um democrata’
A TV argentina, o tucano disse que a oposição deve ‘estabelecer alguma relação’, em defesa da democracia
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/06/fhc.jpg)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) comentou, em entrevista à emissora de TV argentina La Nación+, a conversa que teve com o ex-presidente Lula (PT) em maio, na cidade de São Paulo.
“Devemos unir forças nos momentos mais difíceis para que a democracia e a liberdade sejam mantidas, porque não são coisas que se dão para sempre”, disse FHC.
Considerando a situação do Brasil, avaliou o tucano, é importante que a oposição estabeleça algum tipo de relação, porque “pode ser que a democracia não seja tão favorável no futuro como alguns gostariam”.
“O Lula é um democrata. Pode ter um partido com ideias diferentes, mas acho que há respeito”, acrescentou.
Embora tenha demonstrado preocupação com a democracia brasileira, FHC indicou à TV argentina que não vê no País o risco de um golpe. “Eu também não acho que Bolsonaro queira isso”, disse. “Mas, quando um governo começa a sentir que não há oposição, ele pensa que é único”.
Relacionadas
CartaExpressa
Noruega anuncia nova doação de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia
Por CartaCapitalCartaExpressa
Juscelino Filho será afastado do governo se Justiça aceitar denúncia da PF, diz Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Em meio a debate fiscal, Banco Central publica meme sobre ‘gastar sem poder’
Por CartaCapitalCartaExpressa
Dino nega pedido de habeas corpus de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.