CartaExpressa
Deputado Luis Miranda aciona a PF após ameaças de morte
‘Lá atrás, o Bolsonaro não levou a sério as ameaças e foi esfaqueado’, destacou o parlamentar
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2021/06/Luis-Miranda-colete.jpg)
O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) acionou a Polícia Federal após sofrer ameaças de morte nas redes sociais. A informação é do portal Metrópoles. O parlamentar denunciou possíveis irregularidades na compra da vacina Covaxin pelo governo federal.
Em depoimento à CPI da Covid no Senado, Miranda relatou que o presidente Jair Bolsonaro foi alertado do ‘esquema’, mas nada fez para impedir.
A oitiva também implicou o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), apontado como articulador da corrupção no caso. O nome de Barros teria sido revelado a Miranda por Bolsonaro no encontro em que fez as denúncias.
Desde que se tornou o ‘inimigo número um’ do governo, o deputado tem recebido ameaças. A equipe do parlamentar vem reunindo todas as mensagens em um documento.
“Recebo ameaças o tempo todo, inclusive seríssimas contra minha vida, dizendo que eu merecia morrer pelo que fiz com o presidente. Lá atrás, o Bolsonaro não levou a sério as ameaças e foi esfaqueado. Sempre tem um cara louco o suficiente capaz de fazer uma besteira. Nunca se deve levar na brincadeira esse tipo de situação”, disse Miranda.
A CPI da Covid já solicitou reforço na segurança do parlamentar. Até o momento, porém, não há informações de que a solicitação tenha sido atendida. Segundo relatou ao portal, Miranda está isolado e conta com um assessor especialista em defesa pessoal.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.