CartaExpressa
Além de prevaricação, Bolsonaro pode responder por corrupção ativa e passiva
Vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues, ainda cita o tráfico de influência; ‘estamos procurando os liames entre os crimes’, diz
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2021/08/51313646736_917f896f30_k-1.jpg)
O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (REDE-AP), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro cometeu, no mínimo, crime de prevaricação ao não tomar providência após receber a denúncia de que havia irregularidades na compra da vacina indiana.
Em entrevista ao jornal O Globo, Rodrigues disse que há outras acusações contra o chefe do Poder Executivo.
“Para nós da CPI, não tem dúvida o crime de prevaricação no caso da Covaxin. Esse crime não há dúvidas. O que nós estamos investigando é por que o presidente prevaricou. O senhor presidente, tendo recebido a notícia de um esquema de corrupção em curso no âmbito do Ministério da Saúde, não tomou providências”, declarou.
“E também há outros crimes. Nós estamos procurando os liames entre os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência e os demais”, acrescentou.
Para o senador, o relatório final da CPI deve apontar para a responsabilização de Bolsonaro.
“Até agora, todos os elementos e indícios apontam para a responsabilidade, não para uma responsabilidade, mas para responsabilidades do Presidente da República”, disse.
Relacionadas
CartaExpressa
Jair Renan é exonerado de gabinete no Senado para disputar a eleição
Por CartaCapitalCartaExpressa
Milei deve viajar ao Brasil e se encontrar com Bolsonaro
Por CartaCapitalCartaExpressa
Justiça de Santa Catarina manda casal vacinar as filhas em até 60 dias e fixa multa
Por CartaCapitalCartaExpressa
Novo edital do Mais Médicos terá 3.184 vagas e política de cotas, anuncia Nísia
Por Agência BrasilApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.