CartaExpressa
TSE quer acesso a novas informações que podem resultar na cassação da chapa Bolsonaro-Mourão
Compartilhamento de ações foi motivado pela suspeita de que o modo de funcionamento dos disparos em massa seja semelhante aos ataques ao STF
O corregedor Luis Felipe Salomão, do Tribunal Superior Eleitoral, solicitou ao Supremo Tribunal Federal o compartilhamento de informações que possam ter relação com investigações da chapa eleitoral formada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo vice Hamilton Mourão, então candidatos em 2018.
Bolsonaro e Mourão são alvo de quatro ações de investigação em tramitação no TSE por supostas irregularidades na contratação de serviço de disparos em massa de mensagens em redes sociais durante a campanha de 2018, que pedem a cassação da chapa por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
“Renovo não só o pedido de informações, como também o de compartilhamento de provas eventualmente produzidas que possam vir a interessar à solução das lides postas nos autos das Aijes (ações de investigação judicial eleitoral)”, escreveu o corregedor do TSE.
Em maio, o inverso já aconteceu. O STF solicitou compartilhamento de informações ao STE sobre o mesmo processo. As provas colhidas nos processos devem ser avaliadas no inquérito que miram disseminação de fake news contra os ministros do Supremo.
Relacionadas
CartaExpressa
STF anula atos de vara criminal e manda ações contra Paes por suposto caixa 2 para a Justiça Eleitoral
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes mantém prisão preventiva de ‘Fátima de Tubarão’ pelo 8 de Janeiro
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF derruba lei municipal em SC que proibia escolas de debaterem questões de gênero
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes nega prisão domiciliar a condenada do 8 de Janeiro internada após surto
Por Wendal CarmoApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.