CartaExpressa
Câmara Técnica da Saúde pode apresentar renúncia coletiva se Queiroga não retomar vacinação de adolescentes, diz jornal
O grupo também pede que a Saúde informe que ele não foi consultado sobre a decisão de suspender a imunização do grupo
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2021/08/Sem-Título-7-1.jpg)
Os membros da Câmara Técnica do Plano Nacional de Imunizações pretendem entregar seus cargos caso o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não se retrate e retome a vacinação de adolescentes. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Compõem a câmara representantes do ministério e de outros órgãos governamentais e não governamentais, além de membros de Sociedades Científicas, Conselhos de Classe, do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
Segundo o jornal, o grupo se reuniu nesta sexta e exige que a Saúde informe publicamente que ele não foi consultado sobre a decisão de suspender a imunização de adolescentes sem comorbidades. Também pede que a pasta determine o reinício da vacinação desse grupo.
Nesta tarde, após investigação conduzida por 70 especialistas, a Secretaria da Saúde do estado de São Paulo informou que não é possível apontar a vacina da Pfizer como causa da morte de uma adolescente de 16 anos. A jovem sofria de uma doença autoimune “rara e grave”. O Ministério da Saúde mencionou a morte ao recomendar a interrupção da vacinação de adolescentes sem comorbidades.
Na quinta-feira 16, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária disse que estava investigando o episódio, mas ressaltou que, no momento, “não há uma relação causal definida entre este fato e a administração da vacina”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.