CartaExpressa

Lewandowski nega pedido para obrigar Alcolumbre a marcar sabatina de André Mendonça

O ministro avaliou que o assunto é uma questão interna do Senado e, por isso, não cabe interferência do STF

Ricardo Lewandowski
O ministro Ricardo Lewandowski, do STF. Foto: Nelson Jr/STF Ministro Ricardo Lewandowski votou para garantir que o presidente respeite uma série de normais legais ao nomear reitores e vice-reitores de universidades federais. Foto: Nelson Jr/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, negou o pedido apresentado por senadores para obrigar o presidente da CCJ, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) a marcar a data de sabatina do ex-ministro André Mendonça.

Ao atestar a negativa, Lewandowski avaliou que o assunto é uma questão interna do Senado e, por isso, não cabe interferência do STF.

“A jurisprudência desta Suprema Corte, em observância ao princípio constitucional da separação dos poderes, é firme no sentido de que as decisões do Congresso Nacional levadas a efeito com fundamento em normas regimentais possuem natureza interna corporis, sendo, portanto, infensas à revisão judicial”, apontou o ministro.

O pedido foi protocolado pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) que destacaram “não existir motivo republicano” para a recusa de Alcolumbre em marcar a sabatina.

Mendonça foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar uma cadeira no Supremo, após a saída de Marco Aurélio Mello. A indicação foi oficializada no dia 13 de julho, mas segue parada no Senado. A vaga aberta acaba desfalcando o Plenário além de possibilitar empate entre os dez ministros empossados.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.