CartaExpressa

Guedes pressiona pela privatização da Petrobras: ‘Vai valer zero daqui a 30 anos’

Mais cedo, Jair Bolsonaro disse que a venda ‘entrou no radar’ do governo

O MINISTRO DA ECONOMIA, PAULO GUEDES. FOTO: EDU ANDRADE/ASCOM/ME
Apoie Siga-nos no

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a pressionar nesta segunda-feira 25 pela privatização da Petrobras. Pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro disse que a venda “entrou no radar” do governo.

“São 30 a 40 anos de monopólio no setor elétrico e no setor de petróleo. E, se daqui a 10 ou 20 anos, o mundo inteiro migra para hidrogênio e energia nuclear, abandonando o combustível fóssil? A Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos. E deixamos o petróleo lá embaixo com uma placa de monopólio estatal em cima”, disse Guedes no lançamento do Plano Nacional de Crescimento Verde, no Palácio do Planalto.

O objetivo, segundo o ministro, é retirar o petróleo “mais rápido”.

“Não adianta ficar uma placa dizendo que é estatal e o petróleo não sai do chão. E quando sai, sai com corrupção. Se houve a maior roubalheira da história no ‘Petrolão’ e agora o preço do petróleo só sobe, o que o povo brasileiro ganha com isso?”.

Em entrevista no início desta segunda à Rádio Caçula FM, do Mato Grosso do Sul, Bolsonaro disse que a privatização “entrou no radar”.

“Mas privatizar qualquer empresa não é, como alguns pensam, pegar a empresa, botar na prateleira e, amanhã, quem dá mais leva embora. É uma complicação enorme, ainda mais quando se fala em combustível.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.