Mundo

Holanda decreta lockdown durante Natal e Ano Novo para conter variante ômicron

Todas as lojas, restaurantes, bares, cinemas, museus e teatros não essenciais devem, portanto, fechar suas portas até 14 de janeiro

O próximo secretrário-geral da OTAN, Mark Rutte. Foto: Robin Utrecht/AFP
Apoie Siga-nos no

A Holanda terá novo lockdown a partir deste domingo 19 e durante as festas de Natal e Ano Novo até o dia 14 de janeiro, na tentativa de impedir a evolução da quinta onda de Covid-19 e a forte progressão da variante ômicron, anunciou o primeiro-ministro holandês Mark Rutte.

“Estou aqui esta noite com um humor sombrio. Para resumir em uma frase, a Holanda vai voltar ao lockdown a partir de amanhã”, disse o chefe do governo holandês, Mark Rutte, durante uma entrevista coletiva televisionada.

“Isso é inevitável com a quinta onda e com a ômicron se espalhando ainda mais rápido do que temíamos. Devemos intervir agora por precaução”, continuou o primeiro-ministro holandês.

Todas as lojas, restaurantes, bares, cinemas, museus e teatros não essenciais devem, portanto, fechar suas portas de domingo a 14 de janeiro, enquanto as escolas devem manter suas portas fechadas até pelo menos 9 de janeiro, disse Rutte.

Ao mesmo tempo, o número de convidados que as pessoas podem receber em suas casas é reduzido de quatro para dois, exceto no dia de Natal, 25 de dezembro.

O chefe de gestão da epidemia do governo holandês, Jaap van Dissel, disse durante a mesma coletiva de imprensa que a ômicron ultrapassará a variante Delta para se tornar dominante na Holanda até ao final do ano.

O governo se reuniu com especialistas em saúde neste sábado, que recomenderam o fechamento de todos os comércios não essenciais, escolas, bares, restaurantes e outros estabelecimentos abertos ao público.

 

Antes do anúncio oficial do novo confinamento, no centro da cidade de Leiden, a cerca de vinte quilômetros de Haia, a população se aglomerava na principal rua comercial para terminar as compras de Natal.

Filas se formaram em frente a lojas de brinquedos e perfumarias. “Geralmente há muito movimento antes do Natal, mas agora é muito mais do que o normal”, disse Ali Windster, gerente de uma perfumaria, à agência Reuters. Carla Nekeman comprou cosméticos no local. “Esse confinamento é uma droga, levo todas as coisas que não consigo encontrar no supermercado. Vou ter que fazer fila em todos os lugares”, disse ela.

Na última terça-feira, o governo já havia ordenado que o fechamento de bares, restaurantes e grande parte das lojas entre 5h e 17h fosse prorrogado até o dia 14 de janeiro. O primeiro-ministro Mark Rutte explicou então que a variante ômicron pode se tornar dominante na Holanda em janeiro.

Na sexta-feira, o Instituto Nacional de Saúde Pública identificou 15.433 novas contaminações por Covid-19, uma queda de cerca de 25% em relação à semana anterior, mas ainda acima dos picos registrados nas ondas anteriores.

Esta nova onda de contaminação causada pela variante ômicron pode aumentar a pressão no sistema de saúde, que já foi forçado a adiar a maioria das operações não emergenciais para poder acomodar pacientes com Covid-19.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo