CartaExpressa

‘Quero ser um ministro na rua, quero estar com o povo’, diz André Mendonça

‘O perigo de ficar fechado no gabinete é o distanciamento da realidade’

O ministro do STF André Mendonça. Foto: EBC
Apoie Siga-nos no

André Mendonça, recém-empossado ministro do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta quarta-feira 9 que pretende manter uma relação institucional direta com políticos.

Para o magistrado, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, é necessário ouvir os representantes do povo antes de julgar os processos que chegam à Corte. 

“O perigo de ficar fechado no gabinete é o distanciamento da realidade. O risco de se tomar decisões descoladas da realidade é muito grande. Os políticos representam o povo. O relacionamento dos ministros do STF com eles, desde que seja republicano, é sadio”, declarou Mendonça em entrevista ao UOL. “Quero ser um ministro na rua, quero estar com o povo. Como vou tomar decisões que impactam o povo diretamente sem estar lá?” 

“O contato com a realidade é importante. Não apenas com políticos, mas com a academia, com trabalhadores, com empresários. Tenho recebido no gabinete todos que me procuram a respeito de processos”, acrescentou.

No fim da semana passada, Mendonça pediu vista e suspendeu o julgamento de uma ação que questiona o monitoramento e a produção de relatórios pelo governo federal sobre atividades de parlamentares e jornalistas nas redes sociais.

A análise na Corte começou na última sexta-feira 4, em plenário virtual, mas, com o pedido de vista, não tem prazo para terminar.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo