Política
Tenho mais chance no segundo turno em SP, diz França sobre disputa com Haddad
Em entrevista à CartaCapital, ex-governador fala sobre impasse entre PT e PSB para candidatura ao governo do estado e chegada de Alckmin à legenda
O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSB, Márcio França, reforçou nesta segunda-feira 14 a sua disposição de disputar o cargo mesmo se uma federação com o PT não se concretizar.
Em entrevista a CartaCapital, o pessebista se colocou como um candidato melhor que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) para o atual momento.
“Eu acho que tenho mais chances para o segundo turno”, afirmou após citar a capacidade de agregar mais votos de eleitores descontentes com o presidente Jair Bolsonaro.
Na conversa, França colocou a democracia como prioridade frente às divergências partidárias. “O impasse não tem a capacidade de impedir uma coisa maior, que não é a federação e sim a democracia”, declarou.
O ex-governador ainda disse que a decisão, no caso de uma federação com o PT, sobre qual deverá ser o candidato ao Palácio dos Bandeirantes ficará para maio, considerando as últimas pesquisas de intenção de voto.
PT e PSB tentam costurar uma aliança em torno ex-presidente Lula. Para formar a federação, os pessebistas querem ue os petistas apoiem seus candidatos em ao menos cinco estados, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espirito Santo e Acre.
Sobre a possível chapa Lula-Alckmin, França destacou a lealdade do ex-tucano e descartou que o petista corra risco de impeachment por conta do vice.
Ele ainda confirmou que há 99,99% de certeza que Alckmin se filiará ao PSB para compor a chapa com Lula. “É o partido que ele tem mais afinidade. E ele está decidido a vir para cá”.
Assista a entrevista completa:
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.