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Eventos climáticos extremos tendem a se suceder, mas o Poder Público só se move após o desastre

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Desespero. Passadas 24 horas, a cidade registrava 94 mortos, a maior tragédia desde 1988 – Imagem: Carl de Souza/AFP
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A tormenta parecia não ter fim. Na terça-feira 15, durante seis horas, um forte temporal despejou 259,8 milímetros de água, o maior volume de chuvas em 90 anos, e arrasou a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. As ruas da antiga estância de veraneio da Corte Imperial se converteram em caudalosos rios, arrastando com força descomunal sofás, geladeiras, automóveis e o que mais encontrassem pelo caminho.

Quando a tempestade se dissipou, o cenário era desolador. Ao menos 54 casas foram destruídas pelas enxurradas e deslizamentos de terra. Mais de 400 cidadãos precisaram ser acolhidos em abrigos improvisados. O número de mortos crescia de forma assustadora a cada novo boletim da Defesa Civil. Na noite seguinte, o Corpo de Bombeiros confirmou a morte de 94 moradores. Apenas 24 foram resgatados com vida até aquele momento.

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