CartaExpressa
Embaixador russo diz que governo Bolsonaro entende motivos da invasão à Ucrânia
Gennady Gatilov disse que o Brasil ‘explicou sua postura’ diante votos na ONU e que posicionamento não reflete todas as nuances do país
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/02/063_1367859179.jpg)
O embaixador da Rússia na ONU, Gennady Gatilov, minimizou os votos do Brasil nos órgãos da ONU, e disse que o país “explicou sua postura’. A declaração foi dada nesta sexta-feira 4, em Genebra, em um encontro com a imprensa internacional. As informações são do colunista Jamil Chade, do UOL.
O embaixador, que não faz uso da palavra ‘guerra’, mas sim ‘operação militar especial’, defendeu que o governo Bolsonaro entende os motivos pelos quais o Kremlin realiza a investida na Ucrânia.
“Cabe a cada país tomar posições. Mas, para nós, os brasileiros entenderam os objetivos de nossa operação e as razões pelas quais fazemos isso”, disse o embaixador, que ainda considerou ‘nuances’ no posicionamento brasileiro.
“Não acho que o voto reflete todas a nuances da posição brasileira”, declarou. “Não é tão simples. Existem nuances”, completou.
O Brasil votou ao lado dos Estados Unidos e demais potências ocidentais na Assembleia Geral da ONU bem como no Conselho de Direitos Humanos a favor de propostas de resolução criticando a Rússia. Após o voto, no entanto, o Itamaraty se posicionou dizendo não se tratar da melhor resolução. O governo brasileiro também tem criticado sanções e o envio de armas por parte de potências ocidentais, além apontar que os interesses legítimos da Rússia devem ser considerados.
Relacionadas
CartaExpressa
Jair Renan é exonerado de gabinete no Senado para disputar a eleição
Por CartaCapitalCartaExpressa
Milei deve viajar ao Brasil e se encontrar com Bolsonaro
Por CartaCapitalCartaExpressa
Polícia Federal resgata 22 vítimas de exploração sexual em São Paulo
Por CartaCapitalCartaExpressa
Aneel aprova redução média de 2,43% nas tarifas da Enel em São Paulo
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.