Mundo
Após bloquear o Facebook, Rússia anuncia medidas contra Twitter e Booking
Segundo órgão regulador, o acesso às mídias sociais foi restrito e o mercado online de hospedagem não oferece mais a opção de reservar acomodações no país
O órgão regulador das comunicações na Rússia, o Roskomnadzor, anunciou nesta sexta-feira 4 novas restrições de acesso a redes sociais e sites no País.
Após comunicar o bloqueio do Facebook, o órgão de vigilância se voltou contra “práticas discriminatórias do Twitter e do Booking.com”, segundo a agência russa Sputnik News.
Conforme o Roskomnadzor, o acesso às mídias sociais foi limitado e o mercado online de hospedagem não oferece mais aos clientes a opção de reservar acomodações na Rússia.
Antes, ao anunciar o bloqueio do acesso ao Facebook, o órgão acusou a plataforma de “discriminação” contra meios de comunicação russos como a televisão Zvezda, a agência Ria Novosti, a rede internacional RT e os portais Lenta.ru e Gazeta.ru.
De acordo com o Roskomnadzor, essas restrições “violam os princípios-chave da livre divulgação de informações e acesso irrestrito dos usuários à mídia russa em plataformas estrangeiras da Internet”.
O Facebook, por sua vez, afirmou que a medida privaria “milhões de pessoas” de “informações confiáveis” e de um fórum para trocar opiniões.
Também nesta sexta, o presidente russo, Vladimir Putin, sancionou uma lei que estabelece pena de prisão para quem publicar “notícias falsas” sobre as Forças Armadas, em meio ao avanço da operação militar deflagrada contra a Ucrânia.
O texto, votado pouco antes pelos deputados, também pretende punir “os apelos à imposição de sanções contra a Rússia”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.