Política

Justiça ratifica denúncia contra Alckmin sobre suposto caixa dois da Odebrecht

O ex-tucano teria recebido 11 milhões de reais em campanhas eleitorais; o juiz que validou a denúncia arquivou outro inquérito sobre a prática

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Foto: EBC
Apoie Siga-nos no

A Justiça Eleitoral de São Paulo ratificou uma denúncia contra o ex-tucano Geraldo Alckmin, provável candidato a vice-presidente da República na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O procedimento trata do suposto recebimento de doações ilegais que somariam 11 milhões de reais vindos da Odebrecht.

A informação foi divulgada nesta quinta-feira 17 pelo portal G1.

O Ministério Público Eleitoral havia acusado Alckmin, em junho de 2020, de ter cometido os crimes de falsidade ideológica eleitoral (caixa dois), corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo o órgão, o ex-governador paulista teria recebido 11,3 milhões de reais da Odebrecht, sendo 2 milhões durante a campanha estadual de 2010 e 9,3 milhões na disputa em 2014.

As doações não teriam sido registradas nas prestações de contas à Justiça Eleitoral, diz a denúncia. Com a validação judicial, a sentença sobre o caso pode ocorrer ainda neste ano.

O juiz Emílio Migliano Neto, responsável da ratificação, é o mesmo que determinou o arquivamento do inquérito contra Alckmin que investigava caixa dois com envolvimento da Ecovias.

No caso da Ecovias, Alckmin negou prática de irregularidades e disse que as suas campanhas “jamais receberam doações ilegais ou não declaradas”. O G1 afirmou que solicitou novo posicionamento do ex-governador.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo