Política

Em meio à crise no MEC, Bolsonaro diz que governo zela pelo dinheiro público e não tem corrupção

Jornal publicou áudio em que o ministro diz priorizar a liberação de verbas para prefeituras cujos pedidos foram negociados por pastores

O presidente Jair Bolsonaro (PL), durante discurso no Tocantins. Foto; José Dias/PR
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Em meio à crise envolvendo o ministro da Educação, Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira que o governo federal “busca atender a todos os brasileiros zelando pelo dinheiro público”. Bolsonaro voltou a dizer que não há corrupção no governo federal.

“Quero dizer a todos vocês da satisfação e do orgulho da missão dada por Deus de estar à frente do poder Executivo federal. Damos o melhor de si, buscamos atender a todos os brasileiros. Primeira coisa zelando pelo dinheiro público. Estamos há três anos e três meses sem corrupção no governo federal. Isso não é virtude, é obrigação.”

Bolsonaro participou ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, do lançamento do programa “DNA do Brasil Talentos”, em Tocantins. O projeto do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos visa a inclusão social e a profissionalização de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade do estado.

“Sempre ao lado das crianças portadoras de deficiência. São seres como nós, em especial com muito sentimento. Como vocês viram a garotada no meu lado agora há pouco”, disse o presidente em referência às crianças que subiram no palco para falar com a primeira-dama, que faz aniversário nesta terça-feira.

Também participaram da cerimônia a ministra Damares Alves (Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos), o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Reportagem da Folha de S. Paulo publicou áudio em que o ministro diz priorizar a liberação de verbas para prefeituras cujos pedidos foram negociados por dois pastores, atendendo a uma solicitação do presidente. Prefeitos afirmaram ao Globo que os pastores têm “mais moral do que deputado”.

Os pastores seriam Gilmar Santos e Arilton Moura, que desde 2021 estariam negociando com prefeituras a liberação de recursos federais do Ministério da Educação. Eles não têm cargo na pasta.

Em nota divulgada nesta terça-feira, o ministro afirmou que todas as solicitações feitas à pasta são encaminhadas para avaliação da área técnica. Ele também negou que Bolsonaro tenha feito pedido de atendimento preferencial a qualquer prefeitura.

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