Política

Comissão do Senado aprova convite para Mário Frias explicar gastos públicos em viagem aos EUA

Ida do secretário de Cultura a Nova York discutir uma produção audiovisual com o ex-lutador Renzo Gracie custou 140 mil reais

O secretário especial da Cultura, Mario Frias. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A Comissão de Educação e Cultura do senado aprovou, nesta quinta-feira 24, um requerimento do senador Jean Paul Prates (PT) que pedia a convocação do secretário espacial de Cultura, Mário Frias, para explicar gastos feitos durante viagem aos Estados Unidos.

A viagem do secretário e do secretário-adjunto, Hélio Ferraz de oliveira custou cerca de 140 mil reais e tinha como pretexto a discussão de uma produção audiovisual com o ex-lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie. 

No pedido, o Prates argumentou ser preciso avaliar “o impacto patrimonial à Administração Pública”.

“As despesas foram pagas com dinheiro público. Frias tem que explicar o que foi feito nessas viagens e justificar para os brasileiros esse ataque aos cofres públicos. Isso é um escândalo pela ausência de prestação de contas e pela inexistência de motivos reais para essas viagens”, anotou o senador. 

A ida do secretário ao Senado ainda não tem data marcada. A previsão é que ocorra ainda neste primeiro semestre de 2022.

Os custos da viagem, classificada como “urgente” pela pasta, também estão sendo investigados pelo Tribunal de Contas da União. 

Segundo o subprocurador-geral, Lucas Rocha Furtado, a objetivo é verificar se a viagem “possuía razões legítimas para existir atendendo ao interesse público ou se serviu para atender – às escusas da lei – interesse personalíssimo e privado”.

Conforme registros no Diário Oficial da União, a justificativa da viagem é genérica e e tem como justificativa a divulgação de um “projeto cultura envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo