Mundo
EUA e UE anunciam grupo de trabalho para reduzir dependência europeia do gás russo
O objetivo é “garantir a segurança energética para a Ucrânia e a UE” no próximo inverno
Estados Unidos e União Europeia (UE) anunciaram nesta sexta-feira a criação de um grupo de trabalho que pretende atuar para reduzir a dependência europeia de combustíveis fósseis russos, especialmente o gás.
“O governo dos Estados Unidos trabalhará com sócios internacionais e se esforçará para garantir um volume de gás natural liquefeito (GNL) para o mercado da UE de ao menos 15 bilhões de metros cúbicos em 2022”, afirma um comunicado conjunto.
O grupo será liderado por um representante da Casa Branca e outro em nome da presidência da Comissão Europeia. O objetivo é “garantir a segurança energética para a Ucrânia e a UE” no próximo inverno (hemisfério norte).
De acordo com o comunicado, o grupo trabalhará para diversificar o abastecimento de GNL e reduzir a demanda deste combustível.
O forte aumento dos preços da energia elétrica disparou os sinais de alarme na UE no fim de 2021. O quadro ficou ainda pior depois da invasão russa da Ucrânia.
Analistas calculam que a UE importa anualmente 150 bilhões de metros cúbicos de gás da Rússia, pouco mais de 40% das importações europeias do combustível, um nível elevado de dependência que o bloco deseja romper.
No primeiro semestre de 2021, o gás americano representou quase 6% das importações europeias.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.