CartaExpressa
Deputados vão ao MPF e cobram investigação sobre a compra de Viagra pelas Forças Armadas
Marcelo Freixo e Elias Vaz apontam desvio de finalidade e violação ao princípio da economicidade
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Jair-Bolsonaro-Exército-Foto-Marcos-Corrêa-PR.png)
Os deputados federais Marcelo Freixo (PSB-RJ) e Elias Vaz (PSB-GO) encaminharam uma representação ao Ministério Público Federal nesta segunda-feira 11 solicitando investigação sobre a compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas.
No documento, os parlamentares destacam que entre 2020 e 2021, período em que houve a compra do medicamento, o País passava pela pior pandemia já registrada. “Diversos foram os casos de falta de oxigênio e insumos para o tratamento de Covid-19, além do atraso na aquisição de vacinas, levando milhares de pessoas a óbito. Mas no mesmo período, não faltou Viagra para os militares da Aeronáutica, da Marinha e do Exército.”
Os parlamentares também afirmam que os medicamentos teriam sido adquiridos com superfaturamento de até 143%.
Ao fundamentarem o pedido de investigação, Freixo e Vaz apontaram desvio de finalidade no ato das Forças Armadas, por sobreposição ao interesse público e violação ao princípio da economicidade. com a prática de preços acima dos normalmente cobrados.
Nesta segunda-feira, Vaz também protocolou um requerimento de informações para que o Ministério da Defesa esclareça a aquisição do Viagra.
Dados do Portal da Transparência e do Painel de Preços do governo federal apontam que a maioria dos comprimidos foi destinada à Marinha – cerca de 27 mil unidades.
Relacionadas
CartaExpressa
CCJ adia votação de PL que mira no MST e cria cadastro contra ‘invasores’ de terras
Por CartaCapitalCartaExpressa
Polícia Federal resgata 22 vítimas de exploração sexual em São Paulo
Por CartaCapitalCartaExpressa
Aneel aprova redução média de 2,43% nas tarifas da Enel em São Paulo
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.