CartaExpressa
Trump defendeu atirar em manifestantes após a morte de Floyd, revela ex-secretário de Defesa
‘Você não pode simplesmente atirar neles? Apenas atirar nas pernas deles ou algo assim?’, disse Trump, segundo o livro ‘A Sacred Oath’
O então presidente dos Estados Unidos Donald Trump sugeriu que tropas de segurança atirassem em manifestantes durante um protesto contra o racismo em 2020, revelou o então secretário de Defesa Mark Esper.
“Você não pode simplesmente atirar neles? Apenas atirar nas pernas deles ou algo assim?”, disse Trump, segundo afirmação de Esper no livro A Sacred Oath, a ser publicado em 10 de maio.
À época, multidões tomaram as ruas em protesto contra o assassinato de George Floyd por um policial, episódio que gerou manifestações em diversos países contra o racismo.
Dias depois da morte de Floyd, Trump chegou a afirmar, via redes sociais: “Esses bandidos estão desonrando a memória de George Floyd, e não vou deixar isso acontecer. Acabei de falar com o governador [de Minnesota] Tim Walz e disse a ele que os militares estão com ele o tempo todo. Qualquer dificuldade assumiremos o controle, mas, quando os saques começarem, os tiros começarão. Obrigado”.
O post foi sinalizado pelo Twitter por “exaltar a violência”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.