CartaExpressa

Conselho de Ética da Câmara abre processo para apurar deboche de Eduardo Bolsonaro contra Miriam Leitão

Caso o conselho dê aval ao seu prosseguimento, o processo pode levar à suspensão ou cassação do mandato do filho do presidente

Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu, nesta quarta-feira 4, um processo para apurar a conduta do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao comentar, em tom de deboche, o fato de a jornalista Miriam Leitão ter sido torturada durante a ditadura.

No início de abril, o deputado reagiu a uma publicação feita pela jornalista na qual apontava Jair Bolsonaro como ‘inimigo confesso da democracia’. Em sua resposta, Eduardo Bolsonaro escreveu: “Ainda com pena da cobra”, associação que foi feita com o uso de um emoji do animal.

Miriam Leitão foi presa e torturada pelo governo militar durante a ditadura. A jornalista estava grávida. Em uma das sessões de tortura, foi deixada nua em uma sala escura com uma cobra.

Após a publicação, os partidos PCdoB, Rede, PSOL e PT moveram representações no Conselho de Ética, pedidos que deram origem a instauração do processo nesta quarta. Caso o conselho dê aval ao seu prosseguimento, após avaliação de parecer do relator, o processo pode levar à suspensão ou cassação do mandato do parlamentar.

 

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar