Política

Jair Bolsonaro: “Missão não se escolhe, se cumpre”

Presidente eleito afirmou que brasileiros passaram a integrar “um grande Exército que sabia para onde o País estava marchando”

O presidente eleito usou metáforas militares para celebrar sua vitória
Apoie Siga-nos no

Em seu discurso de vitória, o presidente eleito Jair Bolsonaro, do PSL, utilizou metáforas militares para celebrar o feito. Ele afirmou que os brasileiros passaram a integrar “um grande Exército que sabia para onde o País estava marchando”. Ele afirmou que o Brasil não podia mais flertar com o “socialismo, o comunismo e o extremismo” da esquerda. 

Ao final, ele disse que “missão não se escolhe, nem se discute, se cumpre”. No início de sua fala, Bolsonaro citou um salmo da Bíblia e disse que temos de “nos acostumar a conviver com a verdade”. “O povo tem o direito de saber o que acontece em seu País. Graças a Deus, o povo entendeu essa verdade perfeitamente.” 

Ele comemorou o fato de ter sido eleito sem um grande partido e com poucos recursos do fundo partidário e criticou parte da grande mídia, que teria o colocado em “uma situação quase vexatória”. 

Bolsonaro diz que governará com uma “boa assessoria” e sem “indicações políticas”. Ele afirmou ainda que terá governabilidade pelos cotados fixados com as bancadas parlamentares nos últimos anos.  

 

Segunda parte

Após sua primeira fala, Bolsonaro voltou a se manifestar dizendo que seu governo será “defensor da Constituição, da democracia e da liberdade”. O presidente eleito diz se tratar um juramento feito a Deus.

O pesselista fez questão de listar de quais liberdades se referia: “Liberdade de ir e vir, andar nas ruas, andar nas ruas, em todos os lugares desse País. Liberdade de empreender, liberdade política e religiosa, liberdade de informar e ter opinião, liberdade de fazer escolhas e ser respeitado por elas”.

Porém descreveu para quais cidadãos será sua futura administração federal. “Vou guiar um governo que defenda e proteja os direitos do cidadão que cumpre seus deveres e respeita as leis”, afirmou.

“Nosso governo vai quebrar paradigmas. Vamos confiar nas pessoas. Vamos desburocratizar, simplificar e permitir que o cidadão e o empreendedor tenha mais liberdade para criar e construir o seu futuro. Vamos desamarrar o Brasil.”

Bolsonaro destacou ainda sua defesa à propriedade privada. “O Estado democrático de direito tem como um dos seus pilares o direito de propriedade. reafirmamos aqui o respeito e a defesa desse principio constitucional.” 

Ao final, questionado sobre a equipe ministerial, o presidente eleito informou que além dos três já anunciados – Paulo Guedes, para o Ministério da Economia; Onyx Lorenzoni na Casa Civil e o general Augusto Heleno na Defesa -, o nome de Marcos Pontes estaria quase certo para a Ciência e Tecnologia.

 

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo