CartaExpressa

PT já projeta data em que França desistirá do governo e apoiará Haddad

O comando petista espera que o comunicado oficial aconteça em um ato com a presença do ex-presidente Lula

Fernando Haddad e Márcio França. Fotos: Ricardo Stuckert e Divulgação
Apoie Siga-nos no

A cúpula do PT de São Paulo projeta uma data para a confirmação da saída de Márcio França, do PSB, da disputa pelo governo paulista: o próximo sábado 9.

O comando petista espera que o comunicado oficial aconteça em um ato com a presença do ex-presidente Lula na Região Metropolitana da capital paulista.

Procurado por CartaCapital, França não confirmou a decisão de recuar da disputa e se lançar ao Senado. O ex-governador, no entanto, já sinalizou nos últimos dias a possibilidade de se retirar da corrida ao Palácio dos Bandeirantes e endossar a candidatura de Fernando Haddad, do PT, líder das pesquisas de intenção de voto.

A movimentação resulta de uma nova rodada de conversas mantida por França, Haddad e Lula, em São Paulo, no domingo 3. O pessebista ainda tenta atrair o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que deve dar uma resposta nos próximos dias.

A solução, porém, não é simples. Nas últimas semanas, esquentou a possibilidade de o PSD endossar Tarcísio de Freitas, do Republicanos, o candidato de Jair Bolsonaro ao governo paulista.

Na chapa bolsonarista, o PSD poderia ficar com a vice e com o posto de suplente ao Senado. Na aliança com a esquerda, os pessedistas também teriam a prerrogativa de indicar o suplente à Casa Alta.

Assim, um acordo PT-PSB-PSD, além de fortalecer a chapa de Haddad, afastaria Kassab de Bolsonaro em São Paulo. No plano nacional, a tendência é de que o PSD, com sua bancada de 47 deputados federais, opte pelo não-alinhamento no primeiro turno.

Uma pesquisa Datafolha publicada na semana passada mostrou que Haddad amplia a liderança nas intenções de voto em um cenário sem França. O petista soma 34%, ante 13% de Tarcísio e do tucano Rodrigo Garcia.

Com França, Haddad chega a 28%, enquanto o pessebista anota 16%. Tarcísio, com 12%, e Garcia, com 10%, aparecem a seguir.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.