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Região separatista ucraniana de Donetsk abre ’embaixada’ em Moscou

‘Nestes últimos dias, a situação piorou drasticamente’, declarou Natalia Nikanorova, a ‘ministra das Relações Exteriores’ da região

O presidente russo Vladimir Putin - Foto: Alexander Zemlianichenko/AFP
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A região separatista de Donetsk, no leste da Ucrânia, abriu uma “embaixada” em Moscou nesta terça-feira 12 e denunciou que a situação no terreno está se deteriorando.

A inauguração ocorreu em um bairro central da capital da Rússia, mas sem a presença de altos funcionários do país.

“Nestes últimos dias, a situação piorou drasticamente”, declarou Natalia Nikanorova, a “ministra das Relações Exteriores” da região separatista.

Diante das perguntas dos jornalistas sobre a intenção da região de se juntar à Rússia, Nikanorova respondeu: “Não temos pressa”.

“O principal objetivo é libertar a república”, assinalou, usando as palavras da Rússia quando se refere à conquista territorial da região.

“Depois, haverá um referendo e veremos qual é a vontade do povo”, continuou, ao acrescentar estar “disposta” a modificar o status da “embaixada”.

O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência das províncias de Lugansk e Donetsk dias antes de determinar a ofensiva na Ucrânia em 24 de fevereiro.

Ambas as províncias fazem parte da região do Donbass, parcialmente controlada pelos separatistas pró-Rússia desde 2014 e onde Moscou concentra, neste momento, sua ofensiva militar.

Nikanorova estava acompanhada pela “embaixadora” da região separatista de Donetsk, Olga Makeieva.

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