Política
MP não dá como encerrada a investigação sobre o assassinato de Marcelo Arruda
Peça assinada pelo promotor Tiago Mendonça chega à Justiça um dia depois de a Polícia paranaense descartar motivação política no crime
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O Ministério Público do Paraná não considera finalizada a investigação sobre o assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda pelo policial penal bolsonarista Jorge Guaranho. O órgão solicitou à Justiça o resultado da perícia no celular do assassino, conforme documento revelado neste sábado 16 pela CNN Brasil.
A peça, assinada pelo promotor Tiago Lisboa Mendonça, chega à Justiça um dia depois de a Polícia Civil paranaense descartar motivação política no crime. Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado contra Arruda, por motivo torpe e por causar perigo comum.
O documento do MP diz que “aguarda-se, além da conclusão das atividades investigativas pela Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu, com o consequente encarte do despacho de indiciamento formal do investigado e relatório conclusivo, a juntada dos laudos periciais eventualmente pendentes”.
No fim da noite da sexta 15, a delegada Camila Cecconello, responsável pelo inquérito, afirmou que a perícia no celular pode apresentar fatos novos e mudar os rumos da investigação. Ela deu a declaração à GloboNews horas depois de receber críticas pelo fato de o relatório descartar motivação política.
A CartaCapital, integrantes da Comissão Executiva Nacional do PT, como a deputada Maria do Rosário (RS) e Jilmar Tatto, adiantaram que o partido insistirá na federalização do caso, mesmo diante da resistência inicial da Procuradoria-Geral da República.
A conclusão do inquérito pela Polícia também revoltou a defesa da família de Arruda. “O relatório apresentado é recheado de contradições e imprecisões que demonstram a deficiente formação do mesmo”, afirmaram, em nota, os advogados Daniel Godoy Junior, Paulo Henrique Zuchoski, Andrea Pacheco Godoy e Ian Martins Vargas.
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