Política
China e Argentina não receberam convite para reunião de Bolsonaro com embaixadores
De acordo com uma fonte do governo ligada à área internacional, o critério para o envio de convites é o ‘bom senso’. Outro interlocutor disse que outro critério é o nível de interesse do país sobre a eleição no Brasil
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Países importantes para a política externa brasileira, a Argentina e a China não deverão estar representadas na reunião desta segunda-feira, no Palácio da Alvorada, entre o presidente Jair Bolsonaro e embaixadores. Segundo interlocutores do governo, não foram enviados convites a várias embaixadas, inclusive para esses dois postos.
O encontro está previsto para acontecer às 16h, no Palácio da Alvorada. São esperados de 30 a 40 altos funcionários de governos estrangeiros, para ouvir o que Bolsonaro tem a dizer sobre o sistema eleitoral brasileiro. O presidente costuma questionar publicamente a eficácia das urnas eletrônicas, o que causa preocupação dentro e fora do Brasil.
China e Argentina estão sem embaixadores efetivos em Brasília, assim como outras representações, como a do Chile. Porém, a embaixada dos Estados Unidos está na mesma situação, mas recebeu convite do cerimonial do Palácio do Planalto e o encarregado de negócios Douglas Koneff estará na reunião.
De acordo com uma fonte do governo ligada à área internacional, o critério para o envio de convites é o “bom senso”. Outro interlocutor disse que outro critério é o nível de interesse do país sobre a eleição no Brasil.
De férias na Europa, os embaixadores do Reino Unido e da Alemanha, Melanie Hopkins e Heiko Thoms, não estarão presentes. Os de Portugal, (Luís Faro Ramos), da Rússia (Alexey Labetskiy), da França (Brigitte Collet), do Uruguai (Guillermo Valles Galmés), entre outros, disseram que vão comparecer.
O embaixador da Espanha, Fernando García Casas, foi convidado, mas ainda não há informação se ele irá ou não ao Alvorada. Alegando compromissos em São Paulo, o embaixador do Japão, Teiji Hayashi, não deve comparecer à reunião.
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