Política

‘Não temos o direito de ficar quietos com a destruição em marcha no País’, diz Lula na USP

O petista destacou o caos econômico sob Bolsonaro e defendeu mudanças na educação, na cultura, na geração de emprego

Fernando Haddad e Lula. Foto: Ricardo Stuckert
Apoie Siga-nos no

O ex-presidente Lula (PT), líder das pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto, afirmou nesta segunda-feira 15 que o País decidirá neste ano se quer a distribuição de livros didáticos a estudantes ou propagandas de armas.

Em evento na Universidade de São Paulo, o petista também destacou o drama econômico que se abate sobre o Brasil no governo de Jair Bolsonaro (PL) e defendeu mudanças na educação, na cultura, na geração de empregos e nas políticas para a indústria e o desenvolvimento.

Estiveram presentes na agenda, entre outros, o candidato do PT ao governo paulista, Fernando Haddad, e o postulante da aliança ao Senado, Márcio França (PSB).

“Não temos o direito de ficar quietos com a destruição em marcha no País. Temos de gritar, protestar e, quando chegar em 2 de outubro, temos de votar. O voto significa tirar quem está aí”, afirmou Lula.

Ele exaltou feitos de seus governos, como a redução da inflação e da dívida pública, e voltou a criticar indiretamente o Teto de Gastos.

“Toda vez que você quer fazer uma coisa, falam: ‘Custa muito’. Temos de começar a nos perguntar quanto custou não fazer as coisas no tempo certo neste País. Quanto custou não alfabetizar este País na década de 30 ou 40? Quanto custou não fazer a Reforma Agrária quando ela foi feita no mundo inteiro? E fica muito mais caro.”

Na USP, Lula ainda pediu para ser “usado” pelos estudantes.

“Não me deixem só nas [universidades] federais. Eu adoro vir aqui debater. Não precisa ser só de um partido, não, pode ser de outro partido político”, declarou o ex-presidente. “Por exemplo, o Bolsonaro poderia vir aqui fazer um debate nas eleições. Ele não vem porque não gosta de estudante.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo