CartaExpressa
Justiça absolve Pimentel e diz que MPF só se baseou em delação para acusá-lo de corrupção
‘O Ministério Público Federal não trouxe aos autos prova alguma dos fatos que alegou’, escreveu magistrado ao absolver o ex-governador de MG
A Justiça Federal em Brasília absolveu o ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) e o empresário Marcelo Odebrecht, denunciados pelo Ministério Público Federal no âmbito da Operação Acrônimo.
Em 2016, o MPF acusou Pimentel de cometer os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro por supostamente favorecer a Odebrecht em processos de interesse da empreiteira no Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações, ligado à Câmara de Comércio Exterior, entre 2011 e 2014. À época, o petista presidia a Camex.
Para o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara da Justiça Federal em Brasília, porém, o MPF se baseou somente em delações premiadas.
“O Ministério Público Federal não trouxe aos autos prova alguma dos fatos que alegou. Firma-se em relatos prestados por réus colaboradores, os quais sequer permitem a instauração da instância penal”, escreveu o magistrado, conforme a sentença divulgada pela TV Globo.
Em nota, o advogado Eugênio Pacelli, que defende Pimentel, destacou que a Justiça já rejeitou outras quatro acusações contra o ex-governador em desdobramentos da Acrônimo. “Justiça, ainda que tardia, diminui, mas não apaga a covardia”, disse.
Relacionadas
CartaExpressa
Moraes nega prisão domiciliar a condenada do 8 de Janeiro internada após surto
Por Wendal CarmoCartaExpressa
‘Quero um país que a gente não tire direito de ninguém’, diz Lula
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lewandowski admite entrada do PCC em Portugal
Por CartaCapitalCartaExpressa
Projeto para instalar órgãos de proteção ao consumidor em aeroportos avança na Câmara
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.