Lula: ‘Bolsonaro roubou do povo o direito de comemorar o Dia da Independência’

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a criticar, nesta quinta-feira 8, a tentativa de Jair Bolsonaro (PL) de se apropriar do dia de celebração nacional pelo Bicentenário da Independência e de transformar atos oficiais em comícios eleitorais.

Em Brasília, o ex-capitão usou a cerimônia para atacar Lula, criticar ministros do Supremo Tribunal Federal e colocar em xeque – sem evidências – as pesquisas eleitorais. Bolsonaro ainda fez declarações machistas. No Rio de Janeiro, ele defendeu empresários golpistas e centrou sua artilharia na esquerda.

“Bolsonaro roubou do povo brasileiro o direito de comemorar o Dia da Independência, porque ele se apoderou, da forma mais vergonhosa, de um dia que é de 215 milhões de brasileiros, não dele”, afirmou Lula, nesta quinta, durante ato em Nova Iguaçu (RJ). “Ele fez de uma festa do nosso País uma festa pessoal.”

Lula ainda criticou o que viu como a ausência de “negro, pobre e trabalhador” nos atos protagonizados por Bolsonaro e comparou as manifestações a uma reunião do grupo supremacista branco Ku Klux Klan.

“O artista principal era o velho da Havan, que aparecia como se fosse o Louro José”, emendou, em referência ao empresário Luciano Hang, um dos alvos de operação da Polícia Federal no fim de agosto.

Participaram do ato com Lula na Baixada Fluminense, entre outros, a ex-presidenta Dilma Rousseff, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e candidatos apoiados pelo ex-presidente no estado, como Marcelo Freixo (PSB), ao governo, e André Ceciliano (PT), ao Senado.

“Faltam vinte e poucos dias para que a gente decida o destino deste País. E aqui no Rio de Janeiro, a gente não tem o direito de repetir o erro cometido nas eleições em 2018”, afirmou Lula, em alusão à vitória de Wilson Witzel sobre Freixo na disputa pelo governo. “A gente tem uma pessoa que é o que tem de melhor no Rio de Janeiro para governar, para se preocupar com o povo trabalhador, o transporte, a saúde, a educação. Esse homem é o companheiro Marcelo Freixo.”