CartaExpressa

Orçamento de 2023 prevê redução de 95% da verba para o Casa Verde e Amarela

Segundo a pasta, a redução se deve à priorização de outras obras

Destravado. Em ano eleitoral, o governo decidiu facilitar o acesso ao programa Casa Verde Amarela - Imagem: Secretaria da Habitação/GOVSP
Apoie Siga-nos no

Em 2023, o orçamento para o programa Casa Verde e Amarela, política habitacional destinada à construção de casas para população mais pobre, pode cair 95%, saindo de R$ 665,1 milhões para apenas R$ 34,1 milhões.

Isto, de acordo com a proposta de orçamento enviada pelo Ministério da Economia ao Congresso Nacional. 

Segundo a pasta, a redução se deve à priorização de outras obras.

“Devido ao cenário de restrição orçamentária de recursos da União, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) priorizou o pagamento das obras já contratadas, bem como a retomada das obras dos residenciais paralisados, que somam 115 mil moradias retomadas”, registrou a pasta, em nota.

Em entrevista à GloboNews, a coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, Ana Maria Castelo, avaliou que se a mudança entrar em vigor pode comprometer as obras do programa que já estão em andamento. 

“Com essa projeção de recursos, ou seja, de não recurso, para o ano que vem, isso traz uma insegurança muito grande para as famílias (…) essas obras foram retomadas e agora novamente se corre o risco de paralisação”, afirmou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.