Política

Bolsonaro e Flávio visitaram miliciano Adriano da Nóbrega na prisão, diz portal

Ao todo, a família do presidente pediu a condecoração de 16 Policiais Militares denunciados em organizações criminosas

Jair e Flávio Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), visitaram pelo menos duas vezes na prisão o ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega entre 2004 e 2005. A informação é da jornalista Juliana Dal Piva, do UOL.

Em 2019, o Ministério Público apontou que Nóbrega era líder de um grupo de matadores de aluguel conhecido como Escritório do Crime. Ele foi denunciado por participar de uma milícia em Rio das Pedras, zona oeste da capital fluminense. 

A primeira visita teria ocorrido durante um suposto motim criado por policiais que estavam presos no recém-criado Batalhão Especial Prisional (BEP), em 28 de outubro de 2004. 

Já a segunda se tratou de uma cerimônia de entrega da medalha Tiradentes, a maior condecoração do estado do Rio. A homenagem ao ex-capitão do Bope preso foi pedida na Assembleia Legislativa do Rio por Flávio. O atual presidente esteve presente no evento na unidade prisional. 

Nóbrega foi preso em flagrante em 2004 pela morte de Leandro dos Santos Silva, que dias antes havia denunciado episódios de tortura e extorsão.

Em nota, a assessoria do presidente e do filho disseram que “à época das homenagens era impossível prever que alguns desses policiais pudessem desonrar a farda” e, ainda, que no caso do motim “trabalharam para resolver uma crise”.

Ao todo, o clã Bolsonaro pediu a condecoração de 16 Policiais Militares denunciados em organizações criminosas. 

Entre os homenageados estão Nóbrega, o major Ronald Pereira e o delegado e ex-chefe da Polícia Civil Allan Turnowski, preso recentemente acusado de integrar uma organização criminosa. 

Outros 75 homenageados pela família presidencial responderam a processos na Justiça. 

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