Política

Lula teme transição tumultuada em caso de vitória contra Bolsonaro

Presidente entre 2003 e 2010, Lula comparou o clima político atual com o de 2002, quando venceu as eleições presidenciais ao derrotar José Serra, do PSDB

Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta sexta-feira 30, que teme uma transição tumultuada, caso derrote Jair Bolsonaro na eleição de domingo.

Presidente entre 2003 e 2010, Lula comparou o clima político atual com o de 2002, quando venceu as eleições presidenciais ao derrotar José Serra, do PSDB.

“O pessoal do PSDB fazia política. Quando ganhava fazia festa e, quando perdia, permitia que quem ganhasse fizesse festa. Não é esse o comportamento do Bolsonaro. Ele pode tentar querer criar qualquer confusão na transição”, disse Lula durante uma coletiva de imprensa no Rio de Janeiro.

Bolsonaro disse, em várias ocasiões, que as urnas eletrônicas não são confiáveis e levantou a possibilidade de fraude, sem fornecer provas. Alguns analistas temem que ele não reconheça uma eventual derrota.

“Os resultados das urnas serão respeitados desde que as eleições sejam limpas e transparentes”, disse o presidente, durante a campanha.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (29), Lula, de 76 anos, tem 48% das intenções de voto contra 34% de Bolsonaro.

Considerando-se apenas os votos válidos (sem brancos ou nulos), Lula reúne 50% dos apoios, percentual mínimo para obter uma vitória no primeiro turno.

“Do ponto de vista político, (a volta ao poder) é mais difícil do que em 2002 (…) contra um partido como o PSDB, que fez uma transição extraodinária, pacífica, e nós tivemos acesso a todas as informações do governo. Não acho que a gente terá a mesma facilidade com Bolsonaro”, insistiu o líder do PT.

No penúltimo dia de campanha, Lula também participa de uma caminhada em Salvador e depois terá uma atividade em Fortaleza.

Bolsonaro liderou um desfile de motos em Poços de Caldas, em Minas Gerais.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo