CartaExpressa

Ministro da Justiça diz que eleições ‘serão seguras’, mas reclama que é ‘difícil’ fiscalizar posse de armas

Nas 24 horas que antecedem, durante e depois das eleições neste 1º turno fica proibido o porte de arma a 100 metros das zonas de votação

Apoie Siga-nos no

O ministro da Justiça Anderson Torres afirmou, na manhã deste sábado 1º, que as eleições de amanhã ‘serão seguras’, mas reclamou que a regra de proibição de porte de armas é “difícil de ser cumprida”. A declaração foi dada em entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN).

“Uma regra muito difícil de ser cumprida. Acho que as regras, antes de a gente fazer, a gente tem que ter muito cuidado [com a aplicabilidade]”, declarou Torres na coletiva. “Imagine cumprir isso nessa quantidade de urnas? Mais de 90 mil pontos de votação”.

Em agosto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu o porte de armas por cidadãos a até 100 metros de distância dos locais de votação. Na quinta-feira 29, o Tribunal decidiu ampliar o período em que fica proibido o transporte de armas e incluir colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) na regra. Agora, além do dia da eleição, a proibição também valerá nas 24 horas que antecedem e nas 24 horas que sucedem a votação.

Na coletiva, Anderson Torres e o secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça, Alfredo Carrijo, também minimizaram a possibilidade de haver episódios de violência generalizada ou ‘crise’ após a divulgação do resultado das urnas.

“No domingo, nós vamos ter eleições seguras. A segurança nós vamos dar à população brasileira, para que o povo possa exercer o seu direito de votar, livre transitar nas ruas do nosso país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai coordenar por meio da Secretaria de Operações Integradas essa operação”, destacou.

Ainda segundo o secretário, cerca de 500 mil policiais e agentes de segurança estarão de prontidão. Esta é a primeira vez que o Ministério da Justiça coordena uma operação nacional de segurança durante as eleições.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo