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Economia alega não haver plano para mudar a regra de reajuste do salário mínimo

Segundo jornal, Guedes pretende desvincular o salário do Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Guedes. Habituado a chutar números, ele prevê um custo de 25 a 50 bilhões de reais - Imagem: Marcelo Camargo/ABR
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O Ministério da Economia afirmou nesta quinta-feira 20 que não existe ‘qualquer plano’ da pasta para alterar as regras de reajuste do salário mínimo e das aposentadorias.

“O fato é que o governo priorizou a assistência aos mais frágeis, com programas de apoio durante a pandemia. O governo triplicou o valor do Auxílio-Brasil, além de estender o alcance do programa para mais de 20 milhões de famílias. Nem mesmo durante o momento mais crítico da Covid-19, os reajustes deixaram de ser integralmente aplicados”, disse a pasta, em nota.

Uma reportagem do jornal Folha de São Paulo nesta quinta revelou o plano do ministro Paulo Guedes para um segundo governo de Jair Bolsonaro (PL): segundo documentos da Economia, o titular da pasta pretende desvincular o salário mínimo e os benefícios previdenciários do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, principal monitor da inflação. A intenção seria apresentar a proposta ao Congresso Nacional no dia seguinte ao resultado do segundo turno.

Antes dos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro, o salário era corrigido não apenas pela inflação, mas com base no crescimento do PIB do País. Nos quatro anos de gestão Bolsonaro, porém, os orçamentos indicaram apenas a reposição prevista na Constituição, sem qualquer aumento real.

Guedes prevê ainda, segundo a Folha, uma série de situações em que poderia extrapolar o Teto de Gastos. O plano, diz o jornal, estaria sendo discutido há algum tempo no ministério, mas enfrentava resistências internas.

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