Política
Campanha de Bolsonaro envia ao TSE relatório sobre suposta irregularidade em propagandas de rádio
Na segunda 24, Alexandre de Moraes classificou como ‘extremamente grave’ e cobrou ‘provas ou documentos sérios’
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/10/000_32M36N3.jpg)
A campanha de Jair Bolsonaro (PL) enviou nesta terça-feira 25 ao Tribunal Superior Eleitoral um relatório em que detalha a denúncia de que emissoras de rádio teriam deixado de veicular inserções do ex-capitão no segundo turno.
Na segunda-feira 24, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, classificou como “extremamente grave” a acusação e estabeleceu o prazo de 24 horas para a campanha bolsonarista apresentar “provas ou documentos sérios” sobre o caso, “sob pena de indeferimento da petição inicial por inépcia e determinação de instauração de inquérito para apuração de crime eleitoral praticado pelos autores”.
Pouco antes, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, havia convocado um pronunciamento para afirmar que rádios deixaram de exibir ao menos 154 mil inserções na propaganda de Bolsonaro.
Na peça enviada ao TSE, a campanha lista emissoras e horários em que teriam ocorrido as supostas ilegalidades. Caberá à Corte analisar as alegações.
O primeiro documento sobre a suposta fraude chegou às mãos de Moraes ainda na segunda. Na avaliação do magistrado, porém, os fatos narrados “não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério, limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo ‘relatório de veiculações em Rádio’, que teria sido gerado pela empresa ‘Audiency Brasil Tecnologia’”.
Nesta terça, a campanha pediu ao TSE, além da adoção de medidas para “cessar o ilícito ora noticiado”, a suspensão das inserções na propaganda de rádio da campanha de Lula (PT) e a instauração de um processo administrativo.
A peça de Bolsonaro argumenta que os dados mencionados “foram checados sucessivas vezes” e que a campanha deve contratar uma nova auditoria, “para a cabal confirmação dos dados originários”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/10/000_32LX4GJ-300x200.jpg)
Revista Nature publica editorial contra Bolsonaro: ‘Com mais 4 anos, o dano pode ser irreparável’
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/10/52433037876_a27e7d037d_o-300x200.jpg)
Ipec indica empate técnico entre Bolsonaro e Lula em São Paulo
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2020/09/47818787491_b8c999aafe_k-1-300x180.jpg)
Vítimas de assédio na Caixa repudiam afirmação de Bolsonaro: ‘Seria contundente se fosse com sua filha?’
Por Wendal Carmo![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2022/10/lula-bolso-cpx-300x180.png)