Política

Prefeito de Cuité (PB) denuncia blitz da PRF para intimidar eleitores; Moraes manda corporação explicar

‘PRF inibindo o povo de vir votar no nosso presidente Lula’, afirmou Charles Camaraense (Cidadania)

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
Apoie Siga-nos no

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, mandou neste domingo 30 o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, prestar explicações sobre operações relacionadas ao transporte de eleitores.

A determinação do magistrado se baseia nos relatos de uma operação na entrada de Cuité, no interior da Paraíba. O prefeito Charles Camaraense (Cidadania) publicou um vídeo nas redes sociais para denunciar a ação.

“Não quero acreditar que isso é uma ação orquestrada para o povo não votar, mas está acontecendo neste exato momento: blitz da PRF aqui na entrada de Cuité, impedindo que algumas pessoas possam vir votar. Parece orquestrado? Parece, sim”, afirmou o prefeito na gravação. “PRF inibindo o povo de vir votar no nosso presidente Lula. É um absurdo o que está acontecendo.”

Ante as acusações, a coligação de Lula (PT) pediu ao TSE a intimação do diretor-geral da PRF.

“A coligação recebeu diversas denúncias, principalmente no Nordeste, de que agentes da PRF estão realizando operações para evitar o trânsito de ônibus e, com isso, aumentar a abstenção de eleitores. A ação estipula multa pessoal de R$ 500 mil por hora de descumprimento da decisão judicial, sem prejuízo das responsabilidades administrativa e criminal”, argumentou a coligação lulista.

No sábado 29, Moraes proibiu qualquer operação da Polícia Rodoviária Federal sobre o transporte gratuito neste domingo de eleição. A decisão também proíbe a Polícia Federal de divulgar qualquer operação nesta data e visa combater o uso político das corporações.

Nas redes sociais, Silvinei Vasques pediu expressamente votos para o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo