Política

MPF pede abertura de inquérito para apurar conduta do diretor-geral da PRF nas eleições

Também foi pedido que seja apurada suposta omissão de Silvinei Vasques diante os protestos de bolsonaristas que fecham rodovias em todo o País

O ex-diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques (Foto: EBC)
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público Federal solicitou, nesta quarta-feira 2, a instauração de um inquérito policial para apurar a conduta do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, no dia do segundo turno das eleições. O pedido tramita sob regime de urgência.

Estão na mira da investigação os bloqueios de veículos realizados pela PRF em várias estradas, principalmente na região Nordeste, no dia da votação. A questão é averiguar se as intervenções respeitaram a legislação e se não constituíram ofensa ao livre exercício do direito de voto pelos cidadãos abordados.

As blitzes praticadas pela polícia não atenderam à ordem do Tribunal Superior Eleitoral que proibiu tais práticas no dia das eleições, e teriam sido executadas sob orientação de ofício expedido pelo Diretor-Geral da PRF. Se ficar comprovada irregularidade, podem ficar caracterizados os crimes de prevaricação e de violência política, previstos nos artigos 319 e 359-P do Código Penal.

O inquérito também solicita a verificação de possível omissão do Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal em relação aos bloqueios realizados nas rodovias por eleitores de Bolsonaro em todo o país desde a divulgação do resultado das eleições. A comprovação pode pode caracterizar os crimes de prevaricação (art 319) e participação por omissão nos crimes praticados pelos invasores das rodovias (arts. 359-L e 359-M do Código Penal).

A abertura do inquérito atende a uma representação formulada por subprocuradores-gerais da República. O ofício foi encaminhado à Polícia Federal.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo