Política
Empresário mineiro usa seu jornal para defender a separação do Nordeste após Lula derrotar Bolsonaro
Segundo o bolsonarista, ‘dar a Lula o que é de Lula e a Bolsonaro o que é de Bolsonaro seguiria um antigo pensamento’
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O empresário Vittorio Medioli, prefeito de Betim (MG), defendeu nesta segunda-feira 7 que o Nordeste seja separado do restante do Brasil após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrotar Jair Bolsonaro (PL) em todos os estados da região no segundo turno.
Em artigo publicado no jornal O Tempo, do qual é fundador e dono, Medioli alegou haver “dois Brasis” após o pleito. Ele também é dono do grupo Sada, um conglomerado a reunir mais de 30 empresas.
“Um que produz mais e arrecada impostos, e outro, paradoxalmente mais carente, que vive das transferências. Dessa forma, a divisão territorial, por meio de um ‘divórcio consensual’, está com suas sementes se espalhando”, escreveu.
Segundo o bolsonarista, “dar a Lula o que é de Lula e a Bolsonaro o que é de Bolsonaro seguiria um antigo pensamento”. Ele avalia que “o separatismo, presente em outros momentos da história brasileira, não seria, à primeira vista, a solução mais adequada, mas, nesse caso, a vontade popular, por meio de plebiscitos, seria talvez a única solução para resgatar a legitimidade ameaçada”.
O triunfo de Lula sobre Bolsonaro tem como destaque a manutenção de uma fortaleza vermelha no Nordeste, onde o petista obteve 69,3% dos votos válidos, volume que ajudou a compensar o vigor do ex-capitão em outros pontos do País.
Cabe destacar que, conforme a Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997, é crime passível de reclusão de um a três anos e multa “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
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